sábado, 17 de dezembro de 2011

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta segunda-feira

O Globo

Manchete: Teresópolis terá de devolver o dinheiro das chuvas
Corrupção leva União a bloquear também as contas da prefeitura

Na contramão do esforço que mobilizou voluntários em todo o país, comovidos com a tragédia das chuvas na Região Serrana do Rio no início deste ano, uma quadrilha agiu dentro da prefeitura de Teresópolis, usando artifícios como notas fiscais frias, firmas fantasmas, pagamentos fictícios e “laranjas" para desviar recursos públicos destinados às vítimas e à recuperação da cidade. A conclusão é da Controladoria Geral da União (CCU), que já determinou o bloqueio de contas do município e vai exigir a devolução dos R$ 7 milhões transferidos na época pela União. (Págs. 1 e 10)
Dnit gastou 33% a mais sem licitação
No ano eleitoral, empreiteiras ganharam R$ 228 milhões sem passar por concorrência

De 2009 para 2010, o Dnit aumentou em 33% o valor dos contratos feitos com dispensa de licitação, entregando às empresas R$ 228 milhões, segundo informações enviadas ao Tribunal de Contas da União. O contrato mais caro feito sem licitação foi fechado com a empreiteira Contractor, que recebeu R$ 9,9 milhões de janeiro de 2010 até agora, para fazer obras num trecho da BR-101 perto de Vitória. A oposição tentará convocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para depor na Câmara sobre as acusações de irregularidades em sua Pasta. (Págs. 1 e 3)
Indústria já cancela investimentos
Com a agenda econômica do governo empacada, o real valorizado, a inflação em alta e as turbulências no mercado externo, a indústria pisa no freio e já há empresas suspendendo investimentos. Em alguns setores, o otimismo é o menor desde 2006. Empresários dizem que a alta do consumo está sendo atendida pelas importações. (Págs. 1 e 20)
Contêineres de UPAs serão investigados
O estado vai investigar empresa que fornece os módulos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), mas não os fabrica. (Págs. 1 e 11)
Após tragédia, Anac suspende voos da Noar
A Anac suspendeu voos da Noar, dona do avião que caiu em Recife, após receber documento em que pilotos relatam problemas. (Págs. 1 e 9)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Expansão imobiliária cria cinturão de favelas em SP
Valorização de áreas centrais e periféricas empurra comunidades pobres para fronteiras

A valorização imobiliária das áreas centrais de São Paulo e de regiões antes consideradas periféricas vem empurrando as favelas para as fronteiras da capital paulista. Há um boom demográfico no seu entorno.

As favelas formam hoje um cinturão nos limites de São Paulo. Ele chega a transbordar para as cidades vizinhas, informa José Benedito da Silva. É o que revela mapa da Secretaria Municipal da Habitação. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Dilma demite logo para se preservar na classe média
Dilma Rousseff afastou logo os suspeitos de irregularidades no Ministério dos Transportes para evitar desgaste na classe média. Após a crise com Antonio Palocci, na qual demorou para agir, sua reprovação nessa camada mais que dobrou, mostra o Datafolha. (Págs. 1 e Poder A4)
Editoriais
Leia "Fora de hora e de lugar", sobre declarações do ex-presidente Lula, e "Aulas melhores", acerca de mudanças nas férias dos professores de São Paulo. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dnit e Valec têm contratos com empresas suspeitas
Fornecedoras de mão de obra são acusadas de usar documento falso em concorrências de R$ 31 milhões

Diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec Engenharia montaram um esquema com duas empresas acusadas de usar documentos falsos em contratos, informa o repórter Leandro Colon. Os contratos totalizam R$ 31 milhões, dos quais R$ 13 milhões sem licitação. As empresas Alvorada e Tech Mix fornecem funcionários em áreas estratégicas, incluindo obras do PAC. O dono da Tech Mix é marido da proprietária da Alvorada, que mudou de atividade um dia antes da liberação de verba. Os documentos do Dnit foram assinados pelo então diretor-geral Luiz Antônio Pagot, e pelo diretor executivo, José Henrique Sadok, afastados após denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. Os contratos da Valec foram respaldados pelo diretor Antonio Felipe Sanchez Costa. (Págs. 1 e Nacional A4)

Dono nega irregularidade
O dono da Tech Mix, Luiz Carlos da Cunha, negou irregularidade no contrato com o Dnit e disse não haver ligação com acertos da empresa de sua mulher. (Págs. 1 e Nacional A4)
Cresce envio de recursos de múltis do País
Acompanhando o movimento geral de atração de capitais pelo Brasil, as multinacionais do País estão enviando maciçamente recursos de suas filiais para as matrizes. De janeiro a maio, eles já somam US$ 16,5 bi, mais de cinco vezes o registrado em igual período de 2010. (Págs. 1 e Economia B1)
Entrevista: Rigor no fisco
O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, diz que órgão será mais exigente. (Págs. 1 e Economia B6)

Foto legenda: “Só quem precisa poderá parcelar dívida em 60 meses”
Negócios: Mãos à obra
Após ter a fusão aprovada pelo Cade, a Brasil Foods encara o desafio de integrar Sadia e Perdigão. (Pág. 1)
Crise americana pode ser pior que a de 2008 (Págs. 1 e Economia B13)

EUA deixam de ensinar letra de mão
Com as novas tecnologias, o ensino da letra cursiva foi considerado ultrapassado e será opcional nos Estados Unidos. No Brasil, o uso da letra de mão tem perdido relevância na escola. (Págs. 1 e Vida A14)
José Roberto Toledo: Vindas e voltas
Imigrar menos é tendência nacional. Cada vez mais nativos moram onde nasceram. Entre as exceções estão os paulistas em Santa Catarina. (Págs. 1 e Nacional A6)



Notas & Informações: Mensagem a Obama
Estudo sustenta que os EUA devem desenvolver parceria madura e forte com o Brasil. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Aumento da violência sufoca hospitais do DF
O Distrito Federal é o vice-campeão em internações motivadas por causas violentas, como assassinatos e acidentes de trânsito. Só perde para Tocantins. Somente nos quatro primeiros meses de 2011, pelo menos 6 mil brasilienses foram parar nas emergências ou nas enfermarias - um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Desses, 32% morreram. A maioria é do sexo masculino e tem entre 20 e 40 anos. (Págs. 1, 20 e 21)
E no país da corrupção...
Até 43% do dinheiro sujo do mundo, segundo duas entidades, circulam por aqui (Págs. 1 e 8)

Operações tapa-buracos nas estradas provocam rombo de R$ 5 bilhões por ano (Págs. 1 e 7)

Duas ferrovias nem começaram a ser construídas, mas já há suspeita de desvios (Págs. 1, 2 e 3)
Acidente
Anac interdita empresa de aviação no Recife (Págs. 1 e 6)
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Valor Econômico

Manchete: Belo Monte traz 'pesadelo' logístico para empresas
Uma das maiores obras de engenharia em curso no mundo, a usina hidrelétrica de Belo Monte terá de ser construída no meio da selva a partir do nada e criar até mesmo a infraestrutura que torne possível sua existência - um pesadelo logístico de R$ 26 bilhões.

Peças de até 300 toneladas terão de vir pelo rio Xingu para um porto ainda inexistente. O atual vive do tráfego de pequenas embarcações para transporte de passageiros e serve para pouca coisa. Um ambiente de trabalho para 22 mil pessoas vai requerer um aeroporto de porte compatível e o de Altamira, feito apenas para aviões pequenos, dará lugar a outro em que pousem Boeings. Não é uma tarefa fácil. A Infraero chegou a lançar o edital para a reforma, mas com a dificuldade de abastecimento e de acesso à região, nenhuma empreiteira se candidatou. (Págs. 1 e B7)
Um plano de segurança para a Copa
Nos próximos dias, a presidente Dilma Rousseff vai baixar decreto criando uma secretaria especial de segurança para a Copa do Mundo, que vai coordenar todas as forças federais e estaduais, civis e militares de segurança durante o evento. Está para sair também medida provisória, projeto de lei ou decreto criando um sistema nacional de informação, que será a base de um plano nacional de combate à violência, cujo modelo será o mesmo adotado na Copa e tem na "integração" sua palavra-chave. "A segurança da Copa é importante, mas é preciso que o plano deixe um legado", disse ao Valor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Esse "legado" é justamente a tentativa da integração das forças e a institucionalização do papel da União na segurança pública, uma atribuição que a Constituição deu aos Estados. (Págs. 1 e A10)
Foto legenda: Estreia nacional
Desde abril, quando Bradesco, Banco do Brasil e Caixa anunciaram o lançamento da bandeira de cartões Elo, foram emitidas 250 mil unidades, entre crédito, débito e pré-pagos. Para Jair Scalco, presidente da Elo Serviços, a expectativa é de que o negócio atinja o equilíbrio já em 2012. (Págs. 1 e C7)
Teles testam 'orelhão' com novos serviços
Com mais de 40 milhões de linhas fixas e 215 milhões de celulares no país, diminuiu muito o uso dos telefones públicos. Também minguaram as receitas das operadoras com esse serviço. O faturamento das concessionárias com a telefonia pública caiu 53% desde 2004, segundo a Anatel. A reação de operadoras e fabricantes de "orelhões" foi começar a testar aparelhos com novas funções. Acesso à internet, ligações grátis e até recarga de vale-transporte são algumas delas. Em Piracicaba (SP), a Telefônica colocou em funcionamento 2,4 mil "orelhões" nos quais é possível fazer chamadas locais sem pagar. Para isso, o usuário tem de ligar para um número 0800 e ouvir um anúncio. Segundo Gustavo Fonseca, diretor da Telefônica, o volume de chamadas nesses telefones subiu 25%. (Págs. 1 e B2)
Avanço desigual da receita do ICMS
Responsável por mais de 80% das receitas tributárias estaduais, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fechou o primeiro semestre com alta nominal de cerca de 12% da arrecadação na comparação com 2010.

Levantamento do Valor com base nos maiores arrecadadores do país - São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Goiás e Amazonas - mostra que esse crescimento é bem inferior ao resultado da arrecadação total do governo federal. No período até maio, em que as comparações são possíveis, as receitas de tributos e contribuições da União cresceram mais de 17% no ano, enquanto o desempenho do ICMS no mesmo período atingiu 10,2%, totalizando R$ 119,13 bilhões. (Págs. 1 e A4)
Cresce desembolso do BNDES para as pequenas empresas
As micros e pequenas empresas elevaram sua participação nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro quadrimestre de 2011 e conseguiram abocanhar 25% das liberações, ante 18% no mesmo período de 2010 e 10% em 2008. De janeiro a abril, obtiveram R$ 8,5 bilhões dos R$ 33,9 bilhões liberados. A participação das grandes empresas encolheu para 55% do volume desembolsado, ante 71% no mesmo período do ano passado.

O avanço da participação das micros e pequenas empresas ocorreu principalmente a partir da criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) no âmbito da Finame, com juros fixos e mais baratos, e com a introdução do Cartão BNDES, que funciona como um cartão de crédito para os pequenos empresários, disse Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, superintendente da área de operações indiretas do banco. (Págs. 1 e A3)
Ensino da escrita cursiva sai de moda
O Estado de Indiana acabou com a exigência de que as suas escolas ensinem a escrita cursiva, aquele estilo de escrever em que as palavras são formadas com letras emendadas umas com as outras. Com a mudança, Indiana alinha-se a um padrão comum de ensino adotado por 46 Estados americanos. Nele, não há nenhuma menção à escrita cursiva, mas recomenda-se o ensino de digitação.

É um reconhecimento de que, com as novas tecnologias, as pessoas cada vez menos precisam escrever de forma cursiva, no trabalho ou no dia a dia. Basta aprender a escrever - exigência que ainda faz parte do currículo de Indiana e dos padrões comuns adotados pelos Estados - seja com letras de forma, cursiva ou um misto dos dois estilos. (Págs. 1 e A16)
Chalita é a aposta de Temer para ressuscitar PMDB em São Paulo (Págs. 1 e A7)

Dúvidas sobre política fiscal
Especialistas não concordam integralmente com a avaliação do governo de que o país tem uma situação fiscal tranqüila - em maio, o endividamento líquido do setor público atingiu 39,8% do PIB. (Págs. 1 e A2)
Eletropaulo multada
A agência estadual de energia de São Paulo (Arsesp) multou a Eletropaulo em quase R$ 27 milhões em função de fiscalização em 2010 que detectou vários problemas na qualidade do serviço da empresa. (Págs. 1 e B8)
Recursos para o campo
O governo decidiu criar uma nova linha especial de financiamento na tentativa de "resgatar" produtores rurais endividados sem acesso ao crédito. O dinheiro será oferecido com subsídios a fornecedores de insumos, cooperativas e cerealistas. (Págs. 1 e B11)
Usinas pagam pela água
Ainda restrita a três bacias hidrográficas e a uma parcela pequena de usinas sucroalcooleiras, a cobrança pelo uso da água no Estado de São Paulo deve avançar nos próximos anos. (Págs. 1 e B12)
Benefícios para o Brasil?
A crise na Europa não irá estancar o fluxo de capital para o Brasil - que pode, inclusive, ser o destino de mais recursos numa estratégia futura de mais diversificação por parte de investidores globais, afirma Benoit Anne, do Société Générale. (Págs. 1 e C8)
Fundos de previdência
A captação líquida dos fundos de previdência cresceu 44% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$12 bilhões. Produtos específicos contribuem para aumentar a participação de jovens. (Págs. 1 e D1)
Mais doutores
O número de doutores formados no país passou de 5 mil em 1999 para 11 mil no ano passado. Parte desse contingente tem sido absorvido pelas novas universidades públicas. (Págs. 1 e D10)
Advogado, primeiro da fila
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio decidiu que advogados podem receber antecipadamente honorários de até 40 mínimos nas causas ganhas contra a Fazenda Pública, quando o cliente é pago por precatórios. (Págs. 1 e E1)
Aprendizado financeiro
A educação financeira passou a ser prioridade para bancos, administradoras de cartões de crédito e seguradoras, que estão atentos às mudanças trazidas pela mobilidade social. (Págs. 1 e Relatório Especial Educação Financeira)
Ideias
Octavio de Barros
O problema não é tanto falta de mão de obra qualificada, mas de mão de obra barata. O patamar salarial do Brasil mudou. (Págs. 1 e A14)
Ideias
Luiz Carlos Mendonça de Barros
Crise nos EUA e Europa trouxe ao nível consciente diferenças políticas antes mascaradas por um longo período de expansão. (Págs. 1 e A15)
Deficiências nos portos reduzem expansão de cruzeiros marítimos, diz Ursilli (Págs. 1 e B4)

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Estado de Minas

Manchete: Aposentado vira arrimo de família
O rendimento de aposentados que voltaram ao mercado de trabalho eleva o potencial de consumo de famílias no estado. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a renda média domiciliar é de R$2,3 mil, mas nos grupos familiares em que há um idoso com nível superior e ainda empregado esse montante sobe para R$ 7,4 mil, dos quais 53% são garantidos pela chamada terceira idade. Os dados são de um estudo feito com base em levantamentos do Dieese, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Emprego de Minas Gerais. As classes A e B são as mais dependentes do dinheiro do idoso. (Págs. 1 e 11)
Cancelamento de voo sem dor de cabeça
Passageiro pode desistir de viagem aérea sem onerar o bolso. Segundo a Embratur, a multa prevista é de 10% a 20% do preço do pacote. Valor maior só pode ser cobrado se o pedido for feito com menos de 20 dias de antecedência. (Págs. 1 e 14)
Empaca o combate à corrupção
Há 116 projetos contra desvios de recursos e outros crimes envolvendo dinheiro público, que preveem punição severa aos culpados, parados no Congresso. Alguns estão há mais de 10 anos na fila de espera. Grupo de parlamentares se organiza para tentar levar ao plenário pelo menos 21 deles. (Págs. 1 e 4)
Outro rombo em projetos ferroviários
Mais uma denúncia vem à tona na lista de escândalos do Ministério dos Transportes. Dois outros projetos ferroviários da Valec Engenharia nem saíram do papel e já são investigados por suspeita de superfaturamento de R$ 174 milhões. (Págs. 1 e 3)
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Jornal do Commercio

Manchete: Só o Santa está feliz (Pág. 1)

Chuva, enchentes e mais quatro mortes (Pág. 1)

Governo paga em setembro revisão da aposentadoria (Pág. 1)

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Zero Hora

Manchete: DPs e Brigada Militar ampliam ofensiva pelo desarmamento no RS
Com o objetivo de recolher 10 mil armas até dezembro, Estado aumenta de 14 para 230 os postos de entrega, atingindo 70% dos municípios gaúchos. (Págs. 1 e 31)
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Brasil Econômico

Manchete: Ação do BC contra manipuladores compromete liquidez no câmbio
Nova Ptax, em vigor há 15 dias, reduz briga entre comprados e vendidos em dólar e concentra negócios em menos agentes

O objetivo do Banco Central de mudar a fórmula de cálculo da taxa oficial de câmbio, a Ptax, parece estar surtindo o efeito pretendido — reduzindo distorções oriundas da pressão de vendedores e compradores para criar uma taxa que lhes agrade. Mas o efeito colateral é um volume mais enxuto de negócios e menor estímulo ao swap cambial reverso, instrumento que o BC usa para fazer o dólar subir. Para os agentes, quanto menos liquidez e participantes, menos transparente é a formação de preço. (Págs. 1 e P32)

Nova Ptax e cenário externo derrubaram dólar a R$ 1,55, dias 1º, 4 e 7, menor cotação desde 1999.
Puxada por linhas de baixo risco, como o consignado, alta do crédito está longe de uma bolha, diz Samuel Kinoshita, economista da Ideias. (Págs. 1 e P38)

Governo cria “trava” para manter a nova classe média
O ministro Wellington Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, anuncia uma segunda geração de programas sociais, que será lançada até o fim do ano. (Págs. 1 e P10)
Tablets vão substituir livros na escola pública
Editais do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) para 2014 preveem conteúdo digital na sala de aula. Editoras organizam-se para atender à demanda, mas temem redução do lucro. (Págs. 1 e P4)
Desa, dos donos da Natura e Malwee, investe R$ 2 bi em energia renovável. (Págs. 1 e P22)

Republicanos propõem corte de US$ 9 tri no orçamento dos EUA em dez anos. (Págs. 1 e P40)

Estados produtores querem plano original de royalties
Objetivo agora é resgatar proposta de partilha de recursos do pré-sal negociada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2009. (Págs. 1 e P12)
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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Brasil soma 190.732.694 habitantes

Censo 2010 mostra que a população aumentou 12,3% na última década; cidades de porte médio foram as que mais cresceram



Felipe Werneck, Márcia Vieira, Jaqueline Farid / RIO - O Estado de S.Paulo

O Censo 2010 revela que o País tem 190.732.694 habitantes. Em relação a 2000, houve crescimento de 12,3%, menor que o da década anterior, de 15,6%. Trata-se do primeiro resultado do levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após quatro meses de coleta e revisão de dados.

Ontem, o órgão apresentou um cronograma de divulgações que vai até junho de 2013.
Uma surpresa foi o crescimento de cidades de médio porte, principalmente no Centro-Oeste, em ritmo maior que o projetado, diz o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes. Ele destacou áreas do agronegócio, como Lucas do Rio Verde (GO), onde a população cresceu 135%.

"As áreas que absorvem mais população não são mais grandes metrópoles, mas cidades de porte médio ou até grandes, mas não metropolitanas. Nas grandes, o ritmo não foi aquele que a gente projetava."


Ele também citou Rio das Ostras (RJ), onde o aumento foi de 190% no período. Dos 5.565 municípios brasileiros, foi o segundo que mais cresceu na década, só perdendo para Balbinos (SP), com 199%. Nesse caso, o fenômeno foi influenciado pelo aumento da população carcerária.

Uma característica marcante do censo é a importância demográfica, social e econômica das cidades de porte médio em novos polos. "A região litorânea concentra parte expressiva da população, mas ao longo desses dez anos isso vem sendo acrescentado pelo movimento em direção ao interior, principalmente no Centro-Oeste", diz Nunes.

Entre as regiões, só houve aumento de participação no número de habitantes no Norte (de 7,6% para 8,3%) e no Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).
O censo mostra que a população vive mais em cidades: 84,3% dos brasileiros em 2010, ante 81,2% em 2000. Mas a média de moradores por domicílio caiu de 3,75 em 2000 para 3,3 em 2010.

Nunes destacou a combinação da redução da taxa de fecundidade com a elevação da longevidade. Em 1940, quando o Brasil tinha 30 milhões de pessoas em áreas rurais e 10 milhões em cidades, a expectativa de vida era de 41 anos. "Continuamos com cerca de 30 milhões no campo, mas são 160 milhões nas cidades. Entretanto, a expectativa de vida hoje é de mais de 73 anos."

Numa sociedade em que a fecundidade é menor e a população envelhece, a tendência é que a população pare de crescer. "Estamos caminhando para crescer por mais duas gerações, quando haverá uma reversão e a população começará a decrescer."

Em 2050, o País terá a mesma pirâmide etária da França de 2005, ou seja, com menos jovens e mais velhos. "Assistimos aos debates recentes sobre a reforma da Previdência na França. Temos 40 anos para pensar nas soluções", disse Nunes.

Municípios. Os números de ontem foram divulgados 25 dias após um resultado preliminar que indicara população de 185,7 milhões no País. Nesse prazo, o IBGE voltou a domicílios que se encontravam fechados e houve possibilidade de contestação por parte de municípios insatisfeitos com a contagem. Isso ocorre porque o número oficial é usado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular o coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios.

Segundo o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, pelo menos 176 vão perder recursos em 2011. O número é bem menor que os 329 municípios estimados após a divulgação da contagem preliminar, no início do mês.

Segundo a CNM, 378 terão ganho de coeficientes e 4.983 se manterão no mesmo patamar. O Estado com o maior número absoluto de municípios ganhadores é o Maranhão, com 49. Os que terão mais perdas, segundo a CNM, são Bahia (41), São Paulo (26) e Rio Grande do Sul (13).

Entre os municípios, os que terão maior ganho são Cajari (MA), Lucas do Rio Verde (MT), Dom Eliseu (PA), Itupiranga (PA), Juruti (PA), São Félix do Xingu (PA), Itapema (SC), Araçariguama (SP) e Araguaína (TO). Ao todo, 901 mil domicílios (1,34%) foram classificados como fechados pelo censo. Nesses casos, pela primeira vez foi usada uma metodologia para estimar o número de moradores.

11.244.369
é o número de habitantes de São Paulo, o município mais populoso do País

6.323.037
habitantes tem o Rio, o segundo colocado

2.676.606
habitantes tem o 3º lugar, Salvador (BA)

QUEM MAIS PERDEU
1.520
municípios registraram população inferior à de 2000
48,6%
foi a maior queda, registrada na população de Maetinga (BA)
46,6%
foi a queda em Itaúba (MT), cidade que ficou em 2º na lista


terça-feira, 3 de maio de 2011

PAC realiza estudos em cinco bacias hidrográficas no Amazonas para construção de hidrelétricas

Áreas protegidas localizadas nas áreas estudadas podem ser alagadas e ecossistemas afetados caso as obras sejam confirmadas

Manaus, 02 de Maio de 2011

Elaíze Farias

Ecossistema que integram bacias hidrográficas do Amazonas correm risco de serem impactadas com propostas de hidrelétricas
Ecossistema que integram bacias hidrográficas do Amazonas correm risco de serem impactadas com propostas de hidrelétricas (Clóvis Miranda )
Cinco bacias hidrográficas localizadas no Estado do Amazonas estão sendo inventariadas pelo governo federal para que seja avaliada a possibilidade de construção de hidrelétricas, a exemplo de Belo Monte, no Pará: bacia do rio Negro, no Norte do Estado, Bacia do Sucunduri, Bacia do Acari e Bacia do Aripuanã, as três últimas na região do município de Apuí, a 455m28 quilômetros de Manaus, e Bacia do Jatapu.
Somente nas últimas três bacias, há nove unidades de conservação estaduais e pelo menos cinco federais de diferentes modalidades. Uma delas é a Floresta Estadual de Sucunduri.
Os estudos do potencial energética destas bacias integram o chamado PAC 5 e PAC Energia, mas os detalhes ainda são pouco conhecidos e o governo federal não fez a divulgação oficial do planejamento.
Sucunduri e Acari são bacias famosas pela grande diversidade de espécies animais e vegetais, além de uma fauna aquática de riqueza incalculável e de ser habitada por numerosas populações ribeirinhas.
Outra bacia localizada na divisa do Amazonas e Roraima, a do rio Jatapu, também está sendo estudada.
Ameaças
Izac Theobald, chefe do mosaico do Apuí, bloco que forma nove unidades de conservação estaduais, disse que a construção de hidrelétricas nestas áreas provocaria grandes danos ao meio ambiente, às espécies aquáticas e mamíferas, além de prejudicar o deslocamento e sobrevivência dos ribeirinhos.
Um dos maiores danos ocorreria na Cachoeira do Monte Cristo, de “forte beleza cênica”, não encontrada em outro lugar do mundo, segundo Theobald.
A margem da cachoeira é um habitat natural de várias espécies e é conhecido como “berço da anta”, para onde o animal se dirige para se alimentar de plantas aquáticas. “Com uma hidrelétrica, este local sumiria do mapa”, diz Theolbald.
A população de ribeirinhos também seria prejudicada, já que a presença humana nestas áreas é intensa.
“Estas obras poderiam comprometer o acesso dos ribeirinhos. A bacia de Acari, por exemplo, é rica em castanha”, disse ele.
O rio Sucunduri é afluente do rio Canumã e este, do rio Madeira. O Acari é afluente do rio Sucunduri. Este tem como principal característica o fato de encher e secar muito rápido, já que várias bacias deságuam nele.
Planejamento
O inventário sobre o potencial energético das bacias dentro do território do Amazonas faz parte um estudo maior do PAC Energia.
Ele analisa as localizações para fazer o reservatório de energia, área que seria alagada, potencial de megawatts e custos.
Em uma segunda fase, ocorrem os estudos de viabilidade técnica.
A realização dos estudos não foi divulgada oficialmente, mas uma cópia do levantamento foi apresentado ao portal acritica.com, extra-oficialmente, pela coordenadora de Energia e Infraestrutura Amazônia da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Telma Monteiro, que já desenvolve trabalhos sobre os impactos das hidrelétricas na Amazônia há vários anos.
Telma Monteiro vê com preocupação a realização destes estudos e planejamento de construir hidrelétricas no Amazonas. Segundo ela, a bacia mais prejudicada com a construção dessas usinas seria justamente a calha de todo o rio Amazonas.
O acritica.com entrou em contato com a assessoria de imprensa da Emprega de Pesquisa Energética (EPE), vinculada à Eletrobras, enviando por email perguntas sobre as obras de hidrelétricas na Amazônia e no Amazonas.
Como resposta, a assessoria apenas reiterou planejamento já conhecido (embora pouco divulgado) de que estão previstas pelo menos 20 hidrelétricas para a Amazônia até 2020.
As localidades não foram mencionadas porque, segundo a assessoria, o Plano Decenal de Energia não foi divulgado oficialmente pelo governo federal.
No último dia 21 de março, o Diário Oficial da União publicou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorrogou o prazo para a entrega dos estudos do inventário hidrelétrico do rio Sucunduri, a pedido da EPE, para o dia de 30 de junho.
Relatório
Izal Theobald, que mora em Apuí, confirmou, contudo, que os estudos em Sucunduri e Acari estão sendo realizadas desde 2009, por uma empresa terceirizada.
“A gente só sabe da presença deles. Não nos procuraram. Vamos aguardar os resultados e depois nos manifestarmos, fazer um relatório”, disse Theobald.
Sobre as bacias de Aripuanã e Rio Negro, Theobald não soube dar informações a respeito dos estudos.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Após mudança, Vale ajudará governo a salvar Belo Monte


O Globo

Manchete: Após mudança, Vale ajudará governo a salvar Belo Monte
Empresa investirá até US$ 500 milhões no consórcio da maior obra do PAC

Menos de um mês após ceder às pressões do Ministério da Fazenda e trocar seu presidente, a Vale anunciou ontem que entrará na construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 


A mineradora entra no Consórcio Norte Energia no lugar da Gaia, do frigorífico Bertin, que desistiu por enfrentar dificuldades financeiras. A Vale compra os 9% do negócio e vai reembolsar o Bertin em R$ 5 milhões já gastos. Além disso, injetará no consórcio entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. A mineradora é uma das maiores consumidoras de energia elétrica no país e, com a entrada em Belo Monte, aumentará sua geração própria de energia de 45% do que consome para 63%.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

''Belo Monte vai exportar empregos''

Biólogo diz que, apesar de ser vendida como solução contra o apagão, usina será fonte de energia para indústrias que exportam produtos primários, como alumínio

27 de abril de 2011 | 0h 00
Karina Ninni - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO

O biólogo americano Philip Fearnside acompanha os planos do governo para explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia desde os anos 70, quando morou em Altamira, no Pará.

Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), órgão federal, Fearnside afirma que a Usina de Belo Monte, vendida como solução para evitar o apagão no País, terá boa parte de sua energia usada pela indústria de eletrointensivos, em especial a de alumínio.

Para ele, o Brasil vai exportar produtos primários, criando empregos no exterior. "E os impactos vão ficar aqui, com os ribeirinhos e os índios."

O projeto de Belo Monte mudou muito nesses 30 anos?

Mudou e não mudou. Lembro de, em 1976, ter entrado no escritório do Incra e ter conseguido o mapa com as hidrelétricas que iam inundar uma parte da área da colonização idealizada pelo Estado e terras indígenas. Na época ninguém podia fazer nada porque era uma ditadura. Hoje, temos o sistema do EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), mas a tomada de decisões não mudou, continua no mesmo círculo, e todo o resto parece que vira formalidade. Para tomar uma decisão dessas, você tem de olhar todos os impactos, não só os do EIA-Rima.
E o que há de importante que não está no EIA-Rima?
O que chama atenção é que 30% da energia (de Belo Monte) vai para a indústria de eletrointensivos, basicamente alumínio. Será a fonte de energia para novas unidades de grandes produtoras de alumínio no Pará e no Maranhão. Vai haver expansão das usinas de alumina e de alumínio primário. Belo Monte é apresentada como uma iniciativa contra o "apagão". O brasileiro médio é levado a pensar que vai ficar sem ver TV se não forem feitas as hidrelétricas do Madeira, de Altamira, mas o País tem grande margem de flexibilidade. Tem toda essa energia sendo exportada, boa parte em forma de lingote de alumínio. Algo muito diferente de exportar um avião de alumínio feito pela Embraer, que gera empregos. O importante no valor do lingote não é o minério ou a mão de obra: é a energia. Exportamos energia elétrica e, com ela, empregos.
Os impactos se justificariam, então, se os objetivos da geração fossem "mais nobres"?
O Brasil não enfrentou ainda a questão mais crítica: o que fazer com essa energia. Mas está importando os impactos ambientais para gerá-la. Ninguém quer fazer hidrelétrica nos Estados Unidos, na Europa, para fazer alumínio. A solução é fazer isso na Amazônia e deixar os impactos aqui e os benefícios no Hemisfério Norte. Lá vão gerar empregos para transformar esse lingotes em produtos acabados e os impactos vão ficar com ribeirinhos e índios. No caso de Belo Monte, está se deixando quase seco um trecho de mais de 100 quilômetros do Rio Xingu com duas áreas indígenas e comunidades de ribeirinhos.
O que é "quase seco"?
No EIA-Rima, a "vazão ecológica" é o mínimo necessário para passar para essas comunidades. Uma dos condicionantes foi aumentar esse volume, o que foi feito. Belo Monte tem duas casas de força e duas barragens. Em Volta Grande do Xingu gera-se pouca energia, correspondente à vazão ecológica. O grosso da água vai ser desviado para o Reservatório dos Canais, onde está a casa de força principal, com 11 mil megawatts. Isso deixa na Volta Grande uma quantidade de água mínima. O impacto de uma hidrelétrica em geral é inundação, aqui é a falta de água.
E quanto seria inundado para a construção da usina?
A soma dos reservatórios dos Canais e da Calha (o da Volta Grande) estava calculada em 400 quilômetros quadrados de inundação. Subiu para 516 km² e depois saiu o edital com o número em torno de 615 km². O reservatório de Belo Monte é pequeno se comparado à energia gerada. Agora, cerca de 11 km acima da Volta Grande ficaria, pelos planos do governo, a barragem de Altamira. Ela é um lago de 6.140 km². Mais que duas vezes Balbina (usina inaugurada nos anos 80 que é considerada o maior desastre ambiental do País). Em 2008, o Conselho Nacional de Política Energética disse que só iria fazer Belo Monte, e não as outras hidrelétricas. Mas o conselho muda de um governo para outro.
Existe esse risco?
O projeto de só uma hidrelétrica é inviável. Durante quatro meses, na seca do Rio Xingu, não se conseguirá movimentar uma turbina sequer da grande casa de força. O governo e as empresas planejam com outros cenários. O plano inicial previa seis hidrelétricas no Xingu. Depois, diminuiu para quatro. Quando Marina Silva era ministra, tentou criar uma Reserva Extrativista na área que seria inundada pelas hidrelétricas, e isso foi vetado pela Dilma, na época na Casa Civil. A cúpula não tem intenção de ter só uma hidrelétrica.
Quanto de metano Belo Monte emitiria?
Belo Monte e o reservatório da barragem de Altamira juntos, para os primeiros dez anos, uma média de 11,2 milhões de toneladas de carbono equivalente ao ano. É mais do que a cidade de São Paulo emite em um ano.
Você contesta a geração de energia por hidrelétricas?
Não. Para cada uma você tem de avaliar os impactos e as alternativas a elas. E tem de saber para que vai servir essa energia.

QUEM É
Philip Fearnside
Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Formado em Biologia pelo Colorado College, nos EUA, é mestre em Zoologia e doutor em Ciências
Biológicas pela Universidade de Michigan. Está no Inpa desde 78.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dilma diz que governo deve conviver com críticas da imprensa

DE SÃO PAULO
Durante a cerimônia de comemoração dos 90 anos da Folha de S.Paulo, a presidente da República, Dilma Rousseff, declarou que o governo "deve saber conviver com as críticas dos jornais para ter um compromisso real com a democracia" e que deve haver um convívio "civilizado com a multiplicidade de opiniões, crenças e propostas."
Alckmin classifica liberdade de imprensa como 'pleonasmo'
Kassab diz que Folha é 'importante' para a liberdade de imprensa
Otavio Frias Filho reafirma compromissos editoriais da Folha
Ato multirreligioso celebra 90 anos da Folha
A presidente celebrou a existência de liberdade de imprensa no Brasil e afirmou que ser jornalista no Brasil tem sido um ato de coragem.
"A censura obrigou o primeiro jornal brasileiro a ser impresso em Londres em 1808. De Líbero Badaró a Vladimir Herzog, ser jornalista no Brasil tem sido um ato de coragem."
"Livre, plural e investigativa, a imprensa é imprescindível para a democracia num país como o nosso, que, além de continental, agrega diferenças culturais."
A presidente disse ainda que no Brasil, "com uma democracia tão nova", "devemos preferir o som das vozes criticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras".
NOVOS TEMPOS
Dilma declarou que a imprensa escrita atravessa um momento histórico devido aos avanços tecnológicos. "A internet modificou para sempre a relação dos leitores com os jornais."
O grande desafio, disse ela, é "oferecer um produto que não perca profundidade e como tornar as críticas dos leitores um ativo dos jornais".
A petista disse ainda acreditar que, "com a mesma dedicação que enfrentaram censura, [os jornais] vão enfrentar as respostas para esse novo desafio".


HOMENAGEM

A presidente afirmou que Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), publisher da Folha, é referência para toda a imprensa nacional.
"Ele foi um exemplo de jornalismo dinâmico e inovador. Trabalhador desde os 14 anos de idade, ele transformou a Folha de S.Paulo em um dos jornais mais importantes do país e foi responsável por revolucionar a forma de fazer jornalismo no nosso Brasil."
Ela lembrou que o jornal ocupou um papel "decisivo em momentos marcantes da nossa história, como foi o caso das Diretas Já".

Jorge Araújo/Folhapress
ORG XMIT: XXX SAO PAULO) SP 21 02 2011 90 ANOS DE FOLHA A presidente Dilma Rousseff, artistas,empresarios, ministros e autoridades durante cerimonia dos 90 anos de Folha na sala São Paulo Jorge Araujo Folha Press
Para a presidente Dilma Rousseff, 'ser jornalista no Brasil tem sido um ato de coragem'
VEJA A ÍNTEGRA DO DISCURSO DE DILMA ROUSSEFF
Eu queria desejar boa noite a todos os presentes.
Cumprimentar o sr. Michel Temer, vice-presidente da República, o nosso governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e a senhora Lu Alckmin. Queria cumprimentar o senador José Sarney, presidente do Senado. Queria cumprimentar também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Cumprimentar o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia. O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, por meio de quem cumprimento os demais ministros do Supremo presentes a esta cerimônia.
Queria cumprimentar a família Frias, o Luiz, o Otavio, a Maria Cristina, e queria cumprimentar também o senhor José Serra, ex-governador do Estado.
Dirijo um cumprimento especial também aos governadores aqui presentes e também aos ministros de Estado que me acompanham nesta cerimônia. Cumprimento o senhor Barros Munhoz, presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
Queria cumprimentar também todos os senadores, deputados e senadoras, deputados e deputadas federais, deputados e deputadas estaduais. Queria cumprimentar o senhor Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Dirigir um cumprimento especial aos representantes das diferentes religiões que estiveram neste palco.
Dirigir também um cumprimento a todos os funcionários do Grupo Folha. Queria cumprimentar os senhores e as senhoras jornalistas. E a todos aqueles que contribuem para que a Folha seja diariamente levada até nós.
Eu estou aqui representando a Presidência da República, estou aqui como presidente da República. E tenho certeza que cada um de nós percebe, hoje, que o Brasil é um país em desenvolvimento econômico acelerado. Que aspira ser, ao mesmo tempo, um país justo, uma nação justa, sem pobreza, e com cada vez menos desigualdade. Para todos nós isso não é concebível sem democracia. Uma democracia viva, construída com esforço de cada um de nós, e construída ao longo destes anos por todos aqui presentes. Que cresce e se consolida a cada dia. É uma democracia ainda jovem, mas nem por isso mais valorosa e valiosa.
A nossa democracia se fortalece por meio de práticas diárias, como os diferentes processos eleitorais. As discussões que a sociedade trava e que leva até as suas representações políticas. E, sobretudo, pela atividade da liberdade de opinião e de expressão. E, obviamente, uma liberdade que se alicerça, também, na liberdade de crítica, no direito de se expressar e se manifestar de acordo com suas convicções.
Nós, quando saímos da ditadura em 1988, consagramos a liberdade de imprensa e rompemos com aquele passado que vedava manifestações e que tornou a censura o pilar de uma atividade que afetou profundamente a imprensa brasileira.
A multiplicidade de pontos de vista, a abordagem investigativa e sem preconceitos dos grandes temas de interesse nacional constituem requisitos indispensáveis para o pleno usufruto da democracia, mesmo quando são irritantes, mesmo quando nos afetam, mesmo quando nos atingem.
E o amadurecimento da consciência cívica da nossa sociedade faz com que nós tenhamos a obrigação de conviver de forma civilizada com as diferenças de opinião, de crença e de propostas.
Ao comemorar o aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, este grande jornal brasileiro, o que estamos celebrando também é a existência da liberdade de imprensa no Brasil.
Sabemos que nem sempre foi assim. A censura obrigou o primeiro jornal brasileiro a ser impresso em Londres, a partir de 1808. Nesses 188 anos de independência, é necessário reconhecer que na maior parte do tempo a imprensa brasileira viveu sob algum tipo de censura. De Líbero Badaró a Vladimir Herzog, ser um jornalista no Brasil tem sido um ato de coragem. É esta coragem que aplaudo hoje no aniversário da Folha.
Uma imprensa livre, plural e investigativa, ela é imprescindível para a democracia num país como o nosso, que além de ser um país continental, é um país que congrega diferenças culturais apesar da nossa unidade. Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para ter um compromisso real com a democracia. Porque a democracia exige sobretudo este contraditório, e repito mais uma vez: o convívio civilizado, com a multiplicidade de opiniões, crenças, aspirações.
Este evento é também uma homenagem à obra e ao legado de um grande empresário. Um homem que é referência para toda a imprensa brasileira. Octavio Frias de Oliveira foi um exemplo de jornalismo dinâmico e inovador. Trabalhador desde os 14 anos de idade, Octavio Frias transformou a Folha de S.Paulo em um dos jornais mais importantes do nosso país. E foi responsável por revolucionar a forma de se fazer jornalismo no nosso Brasil.
Soube, por exemplo, levar o seu jornal a ocupar espaços decisivos em momentos marcantes da nossa história, como foi o caso da campanha das Diretas-Já. Soube também promover uma série de inovações tecnológicas, tanto nas versões impressas dos seus jornais, como nas novas fronteiras digitais da internet.
Reafirmo nessa homenagem aos 90 anos da Folha de S.Paulo meu compromisso inabalável com a garantia plena das liberdades democráticas, entre elas a liberdade de imprensa e de opinião.
Sei que o jornalismo impresso atravessa um momento especial na sua história. A revolução tecnológica proporcionada pela internet modificou para sempre os hábitos dos leitores e, principalmente, a relação desses leitores com seus jornais. Como oferecer um produto que acompanhe a velocidade tecnológica e não perca a sua profundidade? Como aceitar as críticas dos leitores e torná-las um ativo do jornal?
Sei que as senhoras e os senhores conhecem a dimensão do desafio que enfrentam, e que, com a mesma dedicação com que enfrentaram a censura, irão encontrar a resposta para esse novo desafio. E desejo a vocês o que nesse caminho sintetiza melhor o sucesso: que dentro de 90 anos a Folha continue sendo tão importante como agora para se entender o Brasil.
É nesse espírito que parabenizo a Folha pelos seus 90 anos. Parabenizo cada um daqueles que contribuem, e daquelas que contribuem, para que ela chegue à luz. A todos esses profissionais que lhe dedicam diariamente o melhor do seu talento e do seu trabalho.
Por fim, reitero sempre, que no Brasil de hoje, nesse Brasil com uma democracia tão nova, todos nós devemos preferir um milhão de vezes os sons das vozes críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras.
Muito obrigada.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Danos genéticos são causados logo após inalação de fumo, diz pesquisa

Cientistas 'seguiram' substância tóxica que provoca mutações; alterações do DNA podem causar câncer de pulmão

Da Redação do G1
Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, dizem ter descoberto que a fumaça do cigarro começa a causar danos genéticos minutos após a inalação das substâncias tóxicas.

Os cientistas apontam que o câncer de pulmão mata cerca de 3 mil pessoas por dia, e grande parte dessas vidas se perdem por causa do cigarro. O fumo também está ligado a outros 18 tipos de câncer.

 Evidências científicas mostram que substâncias danosas presentes no tabaco, os chamados hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), são um dos culpados pelo câncer de pulmão. Até agora, contudo, os cientistas não haviam detalhado como os HAPs causavam estragos no DNA humano.

Na experiência, os cientistas acompanharam o caminho da substância fenantreno (um tipo de HAP) em 12 voluntários fumantes. Eles descobriram que esse hidrocarboneto rapidamente forma uma substância tóxica no sangue, que estraga o DNA das células, causando mutações que podem causar câncer.

Os fumantes desenvolveram níveis máximos dessa substância em um tempo que surpreendeu os pesquisadores: entre 15 a 30 minutos aos a inalação da fumaça. Segundo os cientistas, é um efeito tão rápido que equivale a injetar a substância tóxica diretamente na corrente sanguínea.

“Os resultados reportados servem como um aviso severo a quem está considerando começar a fumar”, indicam os pesquisadores no estudo, divulgado na publicação científica “Chemical Research in Toxicology”.